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O que é tecnologia?

  • Foto do escritor: Weider A. C. Santos
    Weider A. C. Santos
  • 19 de jul. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de dez. de 2018

Com essa pergunta enigmática iniciamos o debate entre gregos e troianos, judeus e gentios, uma disputa acirrada para compreender o axioma. Vc arrisca definir "tecnologia"?


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Fonte: https://www.careersingovernment.com/

Reflito sobre tecnologia ao considerar o mérito pelo médico, professor de história da filosofia, físico e matemático, Álvaro Vieira Pinto. A partir deste pressuposto, tecnologia vai além da definição convencionado pelos "tecnocratas".


Por vezes ligamos a definição ao artefato, recurso, dispositivo, pelo qual chamamos de tecnologia; o termo técnico está bem empregado, mas não se pode reduzi-lo a técnica.


Nesse tempo histórico, a necessidade por aprende sobre tecnologia não se restringe aos recursos ou artefatos produzidos pela sociedade ou por um grupo seleto, entendendo tecnologia como produção material e imaterial de uma comunidade. Na realidade, o termo tecnologia, assim como propõe Pinto (2005), precisa ser entendido desde a categoria "técnica".


No esquema a seguir, mostramos a relação técnica e tecnologia, proposta por Pinto (2005).

Esquema 1. Relação tecnologia e técnica.
Fonte: Baseado em Pinto (2005).

Enquanto técnica processos, normas, regras que conduz uma determinada atividade – tecnologia é vista pela objetividade (produção material) e subjetividade (produção imaterial). Nesse sentido, a relação que se estabelece entre técnica e episteme é definida pela chamada totalidade da realidade em que o modo de ser é reflexo da formação cultural e dos interesses da sociedade. O resultado da ação técnica, difusão e produção de tecnologias é resultado e patrimônio de uma sociedade.


Por outro lado, aspectos como alienação e sujeição relacionados por Pinto (2005), são pontos de distanciamento e discrepâncias entre as sociedades periféricas das chamadas desenvolvidas. Se abordarmos a técnica enquanto condição histórica do progresso, os fatores citados pelo autor podem gerar consciência para o outro ou alienação e letargia original, favorecendo às elites políticas, por exemplo.


É a partir da ausência dialética da totalidade social que subscrevemos, historicamente, a condição de explorado e explorador, perpetuada pelas condições histórica, política e econômica.


A partir disto, conceber tecnologia como técnica, tecnocracia, instrumentos ou recursos é alimentar a ingenuidade dos que permanecem colonizados pelo fetiche do já sabido, "já usado, aquilo que não pode mais dar lucro" (PINTO, 2005, p. 273), mas que nas regiões pobres são bens de tecnologia superior.


Superar a ideação de tecnologia como afronta, aparelhamento, interesses, instrumento, alegoria por meio da incorporação metodológica, está além da reprodução face a reflexão dos instrumentos culturais desta geração inseridos em contexto metodológico. Na medida em que problematizar a utilização por via metodológica não esvazia a necessária apropriação teórica na geração de pensamentos superiores.


Por fim, deixo um vídeo sobre "Tecnologia e técnica: conceito e evolução" pertinente a nossa discussão e reflexão sobre tecnologia.


Por ora é isto. Bom proveito!


REFERÊNCIAS:

PINTO, Álvaro Vieira (1909-1987). O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.

YouTube. Tecnologia e técnica: conceito e evolução. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=0WwI2xPcxHo>. Acessado em 31 jul. 2018.

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